Sexta-feira, 10 set 2021 - 09h09
Por Maria Clara Machado
O número de focos de queimadas no estado de Minas Gerais está disparado nestes primeiros dias de setembro impulsionado pelas condições da vegetação seca nas matas reflexo da grave e prolongada escassez de chuva. De acordo com Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Minas Gerais lidera o ranking de queimadas no Brasil nas últimas 48 horas.
Imagem do satélite TERRA, da Nasa, mostra dezenas de focos de fogo sobre Minas Gerais na segunda-feira, dia 6. Crédito: Worldview/NASA.
Levando em conta os dados desde o início de setembro, Minas Gerais é o segundo o estado com maior número de queimadas totalizando 1441, atrás apenas do Acre, que acumula no momento, 1508 focos detectados por satélite. A situação é ainda mais alarmante quando o total de focos de fogo é comparado anualmente. Minas Gerais soma 6101 pontos de queimadas entre primeiro de janeiro e nove de setembro de 2021. O total de focos era de 3264 no mesmo período de 2020, ou seja, um aumento disparado de 86% até agora. Imagem do satélite TERRA, da Nasa, mostra centenas de focos de fogo sobre o Brasil na segunda-feira, dia 6. Crédito: Wolrdview/NASA.
Incêndio na Serra de São José, na região de Tiradentes e São João Del Rei, em Minas Gerais. O fogo consumiu 800 hectares da vegetação em cinco dias. Crédito: Divulgação Corpo de Bombeiros. O fogo começou no último domingo na beira da estrada na cidade de Prados e logo se alastrou pela Serra de São José, que teve 800 hectares da área de preservação ambiental queimados, o equivalente a 800 campos de futebol. Foram cerca de 50 homens trabalhando no combate ao fogo com a ajuda de helicópteros e aviões que despejaram água no local de difícil acesso. Segundo os bombeiros, além do tempo seco, os ventos ajudaram a propagar as chamas e muita fumaça. O monitoramento na região continua para garantir que não surjam novos focos.
O reservatório de Furnas, um dos mais importantes que compõe o sistema elétrico das Regiões, localizado no centro-oeste de Minas Gerais, estava com volume útil de apenas 15,87% nesta quinta-feira, dia 9. Especialistas afirmam que o reservatório se aproxima do nível mínimo necessário para a geração de energia elétrica e que se a capacidade de armazenamento de água chegar a 10%, a Usina Hidrelétrica de Furnas deve parar de operar. |
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